sábado, 3 de novembro de 2012

Participante pede MAIORES ESCLARECIMENTOS SOBRE NOTA PUBLICADA PELA FUNCEF EM RELAÇÃO AO BANCO BVA S/A


From: GilsonCosta
Sent: Saturday, November 3, 2012 9:09 AM
Subject: MAIORES ESCLARECIMENTOS SOBRE NOTA PUBLICADA PELA FUNCEF EM RELAÇÃO AO BANCO BVA S/A
 

À
FUNCEF

Prezados Senhores,

1            Em que pese a “Nota de Esclarecimento sobre matéria publicada no jornal Correio Braziliense”, que está sendo divulgada no sítio dessa Fundação, mencionar que A FUNCEF não possui em suas carteiras de investimentos, sejam próprias ou terceirizadas, nenhum título vinculado ao Banco BVA, instituição que recentemente sofreu intervenção do Banco Central.’’, alguns pontos precisam ser esclarecidos, pois, no RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DA FUNCEF do exercício de 2011, páginas 45, 46 e 47, há informações de que essa Fundação tinha, no final daquele ano, o total de R$ 418.191.130,51, administrados pela  VITÓRIA ASSET MANAGEMENT.


Plano de Gestão Administrativa - PGA
Gestores de Recursos Garantidores
Gestores Terceirizados por Plano de Benefício
VITÓRIA ASSET MANAGEMENT S/A - CNPJ 04.330.895/0001-83
                  
Plano de Benefício
Gestão da VITÓRIA ASSET MANAGMENT – R$
Novo Plano
35.962.337,79
REG/Replan Saldado
373.917.287,79
REB
8.311.504,93
TOTAL
418.191.130,51



2            Há publicações em Jornais, a exemplo do Valor Econômico do dia 22/10/2012, matéria com o título “BVA usava própria gestora para captar recursos” , na qual menciona que a VITÓRIA ASSET MANAGEMENT é um “braço” do Banco BVA, sob intervenção.
  
3             Desta forma, em conformidade com o texto divulgado pelo Presidente da FUNCEF em 31/07/07, sobre a aprovação pela então SPC (atual PREVIC) do Novo Estatuto da Fundação, no qual foi mencionado que "cada participante tem realmente o papel mais importante neste cenário", se referindo ao processo de fiscalização contínua e vigilância em relação ao seu Fundo de Pensão, solicitamos maiores esclarecimentos em relação à FUNCEF ter, ou não, aplicações no BVA, considerando a Gestora terceirizada VITÓRIA ASSET MANAGEMENT.


Atenciosamente

Gilson Tavares Costa
Participante da FUNCEF
(mensagem enviada por e-mail do UOL).
  


             FUNCEF

Nota de Esclarecimento sobre matéria publicada no jornal Correio Braziliense

31/10/2012

FUNCEF não teve prejuízo nas instituições citadas no jornal

Diante da matéria intitulada “Operações milionárias sob suspeita”, publicada em 28 de outubro de 2012 no jornal Correio Braziliense, a FUNCEF vem esclarecer aos seus participantes que não teve nenhum tipo de prejuízo relacionado às instituições bancárias citadas no texto em questão.

A FUNCEF não possui em suas carteiras de investimentos, sejam próprias ou terceirizadas, nenhum título vinculado ao Banco BVA, instituição que recentemente sofreu intervenção do Banco Central.

Em relação às aplicações feitas no Banco Cruzeiro do Sul, liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central em 14 de setembro de 2012, não houve nenhuma perda para os planos de benefícios em relação aos DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial) contratados junto àquela instituição, conforme é esclarecido em nota (
leia mais) publicada recentemente no sítio da Fundação na internet. Entre 24 de setembro e 3 de outubro de 2012, a FUNCEF recebeu os valores dos DPGE adquiridos junto ao Cruzeiro do Sul. O montante recebido corresponde ao total dos investimentos realizados pela Fundação, acrescido das taxas de rentabilidade originalmente contratadas.
Carta da Abrapp -
O presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), José de Souza Mendonça, enviou em 29/10 uma carta ao Correio Braziliense (leia aqui) com o intuito de corrigir termos inadequados utilizados na matéria e solicitou ao jornal que os devidos esclarecimentos sejam levados aos leitores. A entidade considerou que a reportagem assumiu um tom desnecessariamente sensacionalista que atinge a imagem de todo o segmento de previdência complementar.

Comunicação Social da FUNCEF

  

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/10/22/bva-usava-propria-gestora-para-captar-recursos/

 

BVA usava própria gestora para captar recursos

Autor(es): Por Silvia Rosa | De São Paulo
Valor Econômico - 22/10/2012
 

Dono de uma gestora de recursos, o banco BVA usava a Vitória Asset Management como um braço para obter liquidez e até mesmo capital para a instituição financeira. Desde sexta-feira, o banco está sob intervenção do Banco Central (BC), com um passivo a descoberto de R$ 550 milhões.
Levantamento feito pelo Valor mostrou que por meio dos fundos da Vitória o BVA conseguiu levantar pelo menos R$ 383,4 milhões para se capitalizar. A maior fatia disso veio do Patriarca, um fundo de "private equity" que captou R$ 331,1 milhões com investidores para compra de uma fatia do banco. Entre seus cotistas está Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, de revendas de carros.
Outros dois fundos multimercados de crédito privado da gestora, o Ibiza e o Vitória Fidelis, emprestaram R$ 52,3 milhões a uma empresa, a Cartagena Participações, dos dois principais acionistas do BVA - José Augusto Ferreira dos Santos e Benedito Ivo Lodo - por meio da compra de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). A Cartagena foi criada com o objetivo de capitalizar o banco e tinha como sócios a BVA Empreendimentos e Ivo Lodo. Cartagena é também o nome de um haras que Lodo possui em São Roque (SP). O banco nega, porém, qualquer ligação entre o haras e a empresa que vendeu CCBs para os fundos da Vitória.
A alocação em papéis da Cartagena representava, em setembro, 30% do fundo Vitória Fidelis e 71,79% do Ibiza, que recebia a alocação de outros fundos, de acordo com a Comissão de valores Mobiliários (CVM). Os títulos prometem pagar aos investidores uma rentabilidade equivalente a 107% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) ao ano até o vencimento, que se dará em agosto de 2014. Juntos, os fundos somam um patrimônio de R$ 89,4 milhões, com nove cotistas.
Outros dois fundos, o renda fixa Elos e o multimercado Salus, também tinham R$ 9,201 milhões em debêntures da Multiner, empresa de energia que tinha como sócio José Augusto Ferreira dos Santos, um dos controladores do BVA e que vendeu a participação na companhia em março deste ano. Santos investia na Multiner por meio da Cia 44, que estava em fundo exclusivo detido por ele e gerido pela Vitória.
Os fundos da Vitória também davam liquidez ao BVA por meio da compra de depósitos a prazo e de carteiras de crédito do banco.
O BVA tinha quatro fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), que somavam patrimônio líquido de R$ 862 milhões e contavam com 134 cotistas. Os empréstimos foram originados pelo BVA e, posteriormente, vendidos aos fundos de recebíveis, em uma prática bastante comum entre os bancos médios para captar recursos.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Austin Rating rebaixou a nota de três fundos de recebíveis do BVA.
Os fundos BVA Master II e III e o Multisetorial Itália tiveram a nota rebaixada pela Austin em função do aumento da inadimplência nas carteiras, que saltou para até 7%, ante um patamar que variava entre 0,1% e 1,8% no fim de 2011 e continuam em observação negativa.
Os administradores das carteiras, Citibank e BRL, marcaram assembleias para esta semana para votar a substituição do agente de cobrança, que é o próprio BVA.
O banco ainda repassava para os fundos de crédito privado títulos de depósito a prazo emitidos pela instituição. Somando os papéis em carteira, que incluem CDBs, depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) e letras financeiras, os fundos da Vitória Asset e da BRL Trust Investimentos, que era sócia do BVA até 1º de outubro, tinham exposição de R$ 127,155 milhões em títulos do banco.
A fatia é pequena dentro de um total de R$ 3,87 bilhões de depósitos a prazo que o BVA tinha em junho, data do último balancete entregue ao BC. Chama a atenção, porém, o fato de os fundos da Vitória não trabalharem com títulos bancários de outras instituições financeiras.
Na semana passada, duas carteiras administradas pela BRL, os fundos multimercado de crédito privado Salus e Providentia foram fechados para resgate. No final de 2011, algumas carteiras que eram geridas pela Vitória Asset, que somavam R$ 400 milhões de patrimônio, foram repassadas para a BRL após a entrada do BVA como sócio da gestora. Em 1º de outubro deste ano a sociedade com o banco foi desfeita.
Segundo fato relevante enviado à CVM, foram identificadas pendências e inconsistências documentais, cadastrais e de registro em algumas CCBs em carteira do Salus e do Providentia, relacionadas tanto à estruturação dos ativos, que estavam com valores divergentes dos registrados na Cetip, quanto ao valor das garantias. Esses papéis, segundo a BRL, tinham sido estruturados pelo antigo Lemon Bank.
A Vitória Asset também fechou para resgate o multimercado Fidelis, depois de registrar pedido de saque não compatível com a liquidez dos ativos em carteira, representando 28% do patrimônio do fundo de R$ 28,543 milhões. (Colaborou Carolina Mandl)
 
 


CORREIO BRAZILIENSEFundos de pensão de funcionários de empresas estatais podem "virar pó"

Publicação: 28/10/2012 07:00 Atualização: 27/10/2012 22:06
Donos da maior poupança do país, um patrimônio superior a R$ 620 bilhões, os fundos de pensão fechados de previdência complementar são motivo constante de cobiça. Mas parte importante dessa montanha de dinheiro corre o risco de virar pó, comprometendo a aposentadoria de milhares de aposentados e pensionistas, sobretudo os de empresas estatais. Atraídas por bancos pequenos e médios com a promessa de ganho fácil e rentabilidade superior à média do mercado, essas fundações têm contabilizado prejuízos recorrentes com o fechamento de uma série de instituições financeiras pelo Banco Central. Estima-se que pelo menos R$ 1 bilhão esteja comprometido com a quebra de sete bancos nos últimos dois anos: PanAmericano, Schahin, Morada, Cruzeiro do Sul, Prosper, Matone e BVA.
O que mais tem chamado a atenção dos fiscais do BC e de integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público (MP) é o fato de serem os fundos de estatais os maiores perdedores. “A coincidência é impressionante. Em quase todos os bancos fechados por fraudes, há fundos de pensão de empresas públicas com dinheiro preso. Parece um movimento combinado, muito suspeito”, diz um técnico do BC. Os indícios de irregularidades são grandes, acreditam os policiais envolvidos nas investigações abertas a pedido do MP. Uma das suspeitas é que gestores das fundações estariam recebendo comissões “por fora” dos banquinhos para fazerem aplicações de recursos com eles. “Os agrados feitos pelos bancos de menor porte incluiriam, além de comissões, viagens, carros e festas com muitas mulheres”, ressalta um policial.

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